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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Tipos de fibras alimentares usadas no controle da diarréia

A diminuição de fluido e eletrólitos do lúmen intestinal causada pela diarréia são fatores importantes para serem revertidos, inclusive em crianças, em quem a diarréia é frequente. Assim, algumas estratégias dietéticas podem ser utilizadas para tratar a diarréia, como o uso de probióticos e prebióticos, além de uma dieta que contenha fibras, seja fibra alimentar ou obtida por suplementação. Todas essas estratégias promovem o crescimento de bactérias benéficas na flora intestinal.
As fibras solúveis, mais especificamente, estão relacionadas com a prevenção e controle da diarréia por serem altamente fermentáveis pelas bactérias anaeróbicas, formando maior quantidade de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC). Esses AGCC são essenciais para fornecer energia às células do cólon, regular as funções do intestino, promover a absorção de água e eletrólitos (como sódio), diminuir o crescimento de bactérias patogênicas intestinais e, consequentemente, contribuir para a melhora da diarréia. Exemplos desses tipos de fibras são: goma guar parcialmente hidrolisada e frutooligossacarídeos (FOS). A goma guar é adicionada aos alimentos, por exemplo, nas soluções de reidratação oral, e os FOS também podem ser adicionados aos produtos alimentícios, mas são encontrados na alcachofra, cevada, centeio, cebola, raiz do almeirão, banana, alho e aspargo. Pelo fato de as fibras solúveis serem mais fermentáveis quando comparadas com as fibras insolúveis, são mais utilizadas e estudadas para pacientes com diarréia.
A diarréia é o efeito colateral mais comum em pacientes com Nutrição Enteral (cerca de 70% em pacientes em unidade de terapia intensiva). Os motivos que causam diarréia são diversos, variando desde o tratamento com antibióticos até a inadequação da dieta prescrita. Spapen e autores analisaram o controle de diarréia em pacientes recebendo nutrição enteral suplementada com 22g/l de fibra solúvel e seu benefício na redução da incidência de diarréia em pacientes sépticos. Este estudo reforça o uso de fibras em suplementação oral e enteral e seus benefícios para o hospital, uma vez que recebem grau A de recomendação do Espen (2006) para prevenção e tratamento da diarréia e para regularização da flora intestinal de idosos.

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